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05 julho 2017

É tão bom fazer parte de um projecto fixe!

O blog «a funda São» dá-me o privilégio de conhecer malta interessantíssima, em várias áreas de saberes e de sabores.
Um dos muitos amigos [M/F] que conheci no mundo virtual e cuja amizade foi - e mantém-se - muito real, é o Jorge Castro. Comandante do blog Sete-Mares, o OrCa foi um dos amores (eróticos) à primeira vista, recíproco, com a malta deste blog, a quem chamamos, há muitos anos, a fundiSão.
Além dos vários Encontra-a-Funda em que o OrCa nos maravilha com as suas odes (tão bem que ele ode), também já participámos em eventos organizados por ele. É o caso do projecto «Noites com poemas», que o Jorge Castro organizou e realizou na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana.
Uma dessas noites com poemas foi em 20 de Maio de 2011 teve como temas o erotismo, com a Miss Joana Well e a sátira, com o Carlos Pedro (Cápê). Como não posso ouvir falar em erotismo que fico logo toda molhadinha, lá esteve presente nessa noite a malta do blog «a funda São». E isso ficou registado no livro «100 noites com poemas», da Apenas Livros.
É um luxo, ter amigos assim!










E nada como aproveitar qualquer ocasião para... oder.

Chama a Mamãe! -
"Tu mereces todas as vezes que o OrCa te homenageou...
Eu queria uma ode com o OrCa.
Mas o Orca não ode de tão longe.
Ah, se o Orca quisesse... eu também lhe faria um DeclaraSão de Princípio e de IntenSão...
Eu nadaria por sete, dez... mil mares... só para oder com OrCa."

Jorge Castro (OrCa) -
"E cá estou, Chama a Mamãe! e demais povo:

Oder como eu odi (e odo, às vezes) perdidamente
oder este, aquela, a outra, aqui e além
oder até aquém e além do mar ingente
que mais não seja para poder oder à Chama a Mamãe!
pois qu'oder deixa sempre alguém contente
o filho, a filha, o pai e a mãe...
odei, pois, com ardor, ó minha gente,
que oder demais nunca faz mal a ninguém!"

Chama a Mamãe! -
"Oder com OrCa deve ser uma uma delícia.
Deve ser ato com esmero... requintado.
Se tu, OrCa, queres ver o meu oder,
Que nem é tanto como o teu, rebuscado.
Se me deixas ardendo quando podes...
Nem me importa se somente às vezes...
Odes!?
Mas cá te peço, de forma urgente,
Não vás oder aquela, a outra,
Em alguma margem à frente,
Reserve um tanto dessa ode
E deixa a Chama a Mamãe contente."


Jorge Castro (OrCa) -
"Oh, como oder ao longe é tão ingrato
que secura, senhores, e quão perverso
‘inda assim, assim odo, caricato
no belisco incontinente de algum verso

e se a Chama me suscita o quanto chamo
de perverso ou caricato e tão incerto
eu mato e morro e barafusto e reclamo
por não ter o ser que quero aqui mais perto…

oderei, entretanto, de alma aflita
haja então por amor quem mais me ature
e que a ode seja enfim ária infinita
como diz o poeta, enquanto dure…

Deixarei, pois, de mim um pouco de estro
dedicado, ansioso e indigente
alegrando - quem dirá – algum maestro
que da Vida tem concerto bem presente

será ela ou ele ou eles ou tu ou vós
nessa arte que se faz rica em mistério
e se a tantos nos pudermos juntar nós
então sim, há-de ser oder a sério!"

Como diz o povo, "oder e contar, o que custa é começar"!

Chama a Mamãe! -
"Esta Chama, com apetite aguçado,
Quando falas em oder de todo lado,
Imagina nossa pele, nua e crua...
Fetiches que me levam até a Lua,
Odendo contigo...
Ao som de um belo fado.
E, enquanto dura, ode!
Ode tanto que a Chama não apaga.
Mas nisso não se vê nenhum mistério!
Se OrCa oder comigo,
Fincar, em mim, o estro poético,
Sucumbirei aos seus poemas
Num oder extasiante...
E movimentos frenéticos."

Jorge Castro (OrCa) -
"Olha, tocaram-me numa veia romântica:

frenéticos no redemoinho
nalgum trâmite quântico?
enfim, eu cá vou devagarinho
em lance, digamos, tântrico…
estou assim mais com o Sobral
Salvador de jazz ao peito
que a pressa já me faz mal
descuido-me… e dou um jeito…!
amor só apaladado
desfrutando as iguarias
buscando por todo o lado
sabores de mil malvasias
e sempre bem devagar
que a pressa tudo arrefece
como apurar gosto a mar
se o corpo nem estremece?
nu e cru, também lavado
ou temperado a preceito
ah, amar e ser amado
gota a gota, peito a peito…"

Chama a Mamãe! -
"Conduz-me como tu gostas,
E eu te farei explodir.
Não! Não quero nada fugaz,
No tempo certo também quero conduzir.
Cavalgando, devagar,
Que a pressa ao orgasmo confunde,
Agarro-me, desnuda, em teus flancos,
Entre gemidos que tu mesmo me respondes.
Vem, chega-te a mim! Nada a temer.
Esse braseiro que me incendeia é teu prazer.
Toca essa carne, a pulsar e te querendo.
Carne crua, temperada a teu gosto,
Para suprir onde achares mais urgente...
E depois, esgotados...
Se, ainda assim, desfrutares as iguarias,
Responder-te-ei entre beijos,
Quando me perguntares se novamente tudo eu faria."

Jorge Castro (OrCa) -
"Isso sim, voltemos à carne,
que não ao cherne de dúbia e pífia memória...
Voltemos à carne sem Temer
pois oder com temor é fraca história.

E como me chama a Mamãe e eu, sem apelo,
me pelo pelo pêlo apetecido...
seja pêlo ou penugem e só me acaba
essa urgência... se afinal for piaçaba.

Mas não é, não será - assim o creio -
poderás pois contar comigo em tal anseio...

Ah... se não houvesse tanto mar cá pelo meio!


;-)» (nunca mais criam um sorriso com barba!)"

Chama a Mamãe! -
"Então, aceitas oder sem algum receio?
Como fêmea a devorar, quando no cio?
Esse mar é alcova estendida,
Nada obsta às nossas peles aquecidas.
Põe teu corpo, nu,
Sobre o meu, acasalado...
Teus pelos, como os meus,
Arrepiados.
Minhas coxas a te envolverem,
Como um abraço sensual.
Então, entre beijos e murmúrios vem o gozo.
Ainda trêmula, sobre teu peito eu repouso.
Apelas-me para que tudo eu recomece,
Imploras-me por mais carinhos, excitado.
Atendo-te, sem fazer-me de rogada.
Dizendo-me que meu cheiro é teu afrodisíaco!
Quem ode assim...
Nem precisa de Viagra.

Ah! Se cá tu viesses apreciar o que uma índia tem “pelo” meio.

hehehehehe"

Jorge Castro (OrCa) -
"Isto de fabricar odes p(h)ode ser um pouco como as cerejas que, em se puxando por uma, vêm logo mais atrás... E pode entender-se este acto de «vir mais atrás» em toda a sua plenitude literal...

pelo meio
pêlo e meio?

pêlo sim
ou pêlo não
pelo meio da questão
pelo avesso
controverso
novo acesso descoberto
mais acima
mais abaixo
que se estima quanto encaixo
sai de cima
sai de baixo
mas não saias de tão perto
para que acerte o incerto
que o desacerto lá vem
num vaivém
que assim convém
fora e dentro e dentro e fora
noite adentro
até à aurora
do nosso contentamento

ora bem -
estás bem
agora?
ainda bem
porque eu também…

e quando chegam as luzes
senhores
quanta dor nas cruzes
mas que bem se está de amores…"

Chama a Mamãe! -
"Estou bem...
Se dentro é ato que o satisfaz.
E, quando fora, contumaz,
Aguardo nova investida
Tuas mãos a deslizarem
Descomprometidas
Pelo meu corpo
E a carne se contrai.
Alterno, contigo, em cadente harmonia
Quando, no ápice desta incontida agonia,
Vem o desejo de querer-te a todo instante.

Se estás bem ...
Sinal de que fomos muito,
Dia e tarde, noite adentro...
Acordaste em mim, orvalhando,
Na suave manhã
Que por nós se compraz."

07 abril 2005

Rabosódia de cunetos e conetos

Já estou a ver a publicidade à funda São na televiSão:

"Um coneto p'ra ti...
um cuneto p'ra mim...
olá, olá...
e a pila sorri!"
Agora a sério .
O OrCa vai levar este blog à fodência. Diz o Fernando:
"No jantar blogueiro de 2 de Abril referi ao OrCa que entre os meus sonetos tenho um escrito há quase quatro anos a que chamei Coneto. Tenho resistido a publicá-lo no meu blogue e o OrCa aconselhou a publicá-lo aqui.
Pois cá chegado vejo que o OrCa escreveu um Cuneto. Esta merda está mal. Apesar de a palavra ser diferente soa ao mesmo, pelo que vou cobrar direitos de autor pela homofonia (não confundir com homofodia)."


Ao abrigo do direito de resposta [quero com este eufemismo dizer que fiquei acagaçadinha de medo] aqui fica o belíssimo [não é graxa... ou melhor, também é] Coneto do Fernando:


Eu canto a bela cona, a cona ardente,
a cona que é em fodas viciada,
a cona que só espera ser regada
por torrentes de esporra espessa e quente.

Eu canto aquela cona tão fremente,
a cona que ambiciona ser esfregada,
que sonha ser fendida e esfodaçada
por mim, por ti, por ele e toda a gente.

Ó cona que não páras de pingar,
buraco fundo, húmido, obscuro,
deusa que não me canso de cantar;

jamais te deixarei morrer à míngua,
que à falta de caralho grosso e duro
bem saciada serás a dedo e língua.

O OrCa apela ao direito de resposta à resposta para oder o coneto com mais um cuneto [é fodido, Noé? Mas é erótico]:


Fernando, Fernando, ode lá tu c'o coneto
Que em mim gerou tão intensa inspiração
É verdade! Foi ele! Mas cuneto não é coneto
'Inda que ambos nos celebrem a função

O coneto é de lábios, humidades
E atravessa entre as pernas quando ode
Que o cuneto vai mais de rotundidades
E se dá de apertar é um quem-m'acode!...

'Inda assim bem fizeste em teres-te vindo
Ó Fernando, mergulhar na Funda São
A trazer-nos esse teu coneto lindo
Que dará muito trabalho a muita mão!...

Se o OrCa ode, O Fernando pode:
- Não posso deixar de exercer o meu direito de resposta ao direito de resposta ao direito de resposta ao direi... já me perdi, foda-se!
Pois o caro OrCa argumenta que coneto e cuneto são diferentes, tentanto esquivar-se ao justo pagamento de direitos de autor homofónicos. Pois para mim são o mesmo, e o OrCa, mais dia menos dia, pagará direitos sim e homofódicos. Passo a explicar:



Ó OrCa, que és cetáceo inspirado,
não posso perdoar o teu delito:
em que difere papar traseiro ou pito
se ambos são acepipe refinado?

Quando esganam caralho é tão bonito
ver as bordas deixarem-no esgaçado...
E se os dois dão prazer ilimitado
eu como qualquer um. Não sou esquisito.

Por isso aqui prometo, meu amigo,
que um dia sofrerás duro castigo
(eu de pé, tu dobrado na poltrona).

Se pra mim são iguais, tanto melhor,
porque não deve haver prazer maior
do que comer o cu a uma OrCona.

Ao abrigo do abrigo do abrigo... o OrCa ode:


Fernando, Fernandinho, tu nem tentes
Que não ode um cetáceo quem quiser
E se tu ficares de pé será melhor
Que acauteles o posterior quando te sentes

Pois ao quereres ter o OrCa assim dobrado
Tu não topas deste corpo que é tão belo
O ingente bacamarte, desmesurado
Que dobrado ‘inda é pior que se singelo

E dobrado, retorcido, perturbante
E hiante com a fúria de altos mares
Em se vendo ameaçado é retumbante
E “amanda” cus e pitos pelos ares

Mas odamos, caro amigo, a preceito
Ou por trás, ou pela frente, ou de outro lado
Tu conetas, eu cuneto, tudo a eito
O que importa é passar um bom bocado!

O Fernando lá se vem com o direito de resposta restante:

Podemos ficar nisto a vida toda
fodendo-nos a torto e a direito...
Como tu, já nasci insatisfeito:
não me basta uma só sessão de foda.

O teu talento não me incomoda,
e aceito até que é falta de respeito
querer comer assim de qualquer jeito
um gajo que até sabe bem da poda.

Ninguém como tu ode, ó OrCa linda,
e se eu coneto bem, tu bem cunetas,
pois não temos carência de tesão.

Por mim dou a disputa como finda.
Vamos mas é deixar-nos destas tretas
e comer o cuzinho à funda São.

Ai eu sou atacada e fico-me sem me vir? Nem piçar! Eu não me chame São Rosas se não vos oder também:
Que bom! Que bom! Vou pôr-me a (vosso) pau
mas temo que possa ficar à míngua
caso a vossa ginástica de língua
carências vos causar no pirilau.

Em mim terão ninho que vos aloje
mas saberei também ser muito má
se em vez de um bom ménage à trois
forem os dois jogar ao «fode e foge».

Venham-se a mim os dois porque sou funda
e mais um batalhão, que a bunda abunda
num método de senha numerada.

Não deixemos o corpo andar à toa
odamos até que o orgasmo doa
antes de sermos pó, cinzas e nada.


O Fernando não quer que a gaja seja a última a vir-se:

Minha linda, querida e funda São,
gostei da referência à Florbela,
e mesmo que não odas mais do que ela
só tu é que me enches de tesão.

Tu exprimes com encanto e emoção
a gana de foder – grande cadela! –,
a ânsia de levar na cona e vê-la
ressumando langonha pelo chão.

Quisera eu ter caralho resistente
que se aguentasse em pé eternamente
pra poder consolar-te, minha porca...

Mas saciar o teu esfaimado pito
e ofertar-te um orgasmo infinito,
só com a ajuda do amigo OrCa.

E o OrCa também não (São ambos uns cavalheiros, ai não, conão São):

Não que faça questão de ter de mim
A palavra derradeira na função
Mas sabeis bem que a vida é assim
Nem sempre o vento nos sopra de feição

Vem ao caso que neste fim de semana
Estive longe destas artes do rimanço...
Não importa, já que o corpo pede cama
Mas a cama é do melhor para o afundanço

Apaziguados então que todos estamos
E espantado como estou do poetar fixe
Estou contigo, Fernando, à São vamos
E faremos desta São a sanduíche!

06 setembro 2005

Sexo de OrCa

O Charlie pensava que o Dom OrCa era fêmea. Odeu-se:
Não me confundam, carais,
ou então não odo mais!
que se orca é comum de dois
são os dois tomates, pois!
O Charlie safodeu-se:
Se é então gentil homem,
Os perdões mil eu lhe peço
Neste blog Sanctus Rosum
em todas as coisas tropeço

Ele é gente que se Nelo
E outra louca cheio d´azia
Se uma Orca "comtemplélo"
Vejo num Manuel... Maria!

Já que Orca é mulher
é assim a palavra grata
Mas sei hoje o que quer
É como eu amante da rata

E na rata quero ter
toda a minha ilusão
Viva tudo o que é mulher
Nunca nos falte o tesão...

O OrCa é um homem de paz (e não é paz de conta):
cá por mim 'tás perdoado
que nem sou gajo de intrigas
que bocado bem passado
vale mais que milhão de brigas

o que mais vale como eu acho
é ter cada um seu encanto
pois sendo OrCa sou macho
sendo que o Nelo nem tanto

basta ao darmos um abraço
acautelarmos a via
e depois darmos espaço
à mais feliz bizarria

Como é possível que ainda haja quem pense que o OrCa é fêmea?!...
Momento histórico em que o Charlie abraça o OrCa

O Charlie defode-se como ode, ao abrigo do direito de resposta:
Se o Orca está feliz
É coisa que se me escapa
Não meto o meu nariz
em assuntos de panasca

Mas a mão com tanto esmero
que no grosso pernil pega
Não será da São ou Nelo
Que não dão nunca uma nega?

Porque se querem bem me ver
E em total satisfação
Colem-me a uma Mulher
Penetrando em tesão

Não há p'ra mim coisa melhor
macho e fêmea em união
P´ra penetrar com fervor
vivo eu em escravidão

Por isso agora termino
Na foto - pergunta à São
Quem é que pega no pepino?
Quem acode com a mão?

E eu não me chamasse São Rosas se me ficasse sem me vir:
Não me fodas com teu fado
E fá-lo bem mais feliz.
Como o Papagaio diz:
- Põe-lhe o caldo entornado
...
O OrCa ode à fartazana:
pronto, vá lá, eu confesso
parem lá co'a agitação
virei-me assim do avesso
p'ra acabar co'a confusão

que em geral sou recatado
ao mundo assim não me exponho
trago-o bem agasalhado
só mo vê em quem me ponho

qu'isto não é da Joana
nem da Pensão da Pacheca
cuido bem da traquitana
sempre quentinha e bem seca

expô-la?... só a preceito
humidades?... da função
e só quem for a meu jeito
há-de pôr ali a mão

por isso descansa, Charlie
não te apoquentes, tem calma
mais depressa monto a
Harley
do que te cobiço a palma...

23 dezembro 2007

Postais



Este mimão (um miminho grande) do Raim tinha que ser odido por outro mestre:
"p'ra festas na Funda São
há que fazê-las sem mal
mas com profunda intenção
de preferência na tal

mais intensas cada dia
as mais alegres festinhas
numa incontinente orgia
digna de reis e rainhas

a nós o gozo do ócio
que é tão nosso afinal
do solstício ao equinócio
desde Janeiro ao Natal

em bacalhau dos odores
em rabanadas com molho
em mil e muitos amores
curtidos num piscar de olho

que sombras dignas da noite
que luz nos vem das estrelas
que nesta Funda se afoite
a quem lhe encante sabê-las

Festas das Boas para quem por cá se venha! "

OrCa

O Nelo já não larga o OrCa. E que bem que o ode:

"Ai minh´Orca
Que odes beim.
Odes tanto qu´isto çem
dares um ar da tua grassa,
çendo o Broshe da devaça,
toma um goshto que trespaça
quande tu aqui te veins!

És melhér, valente pueta.
Belus verços, frases completas
Çó uma pena me ocorre
Ao ler-ti nas primeiras estrofes
em um tom que quaze cumove
Outra vesh um hino hás covas

Mas aregalo logo a pinha
apezar do verço "Na-tal"
Adiante falas d´orgia
e eu logo em alegria
veijo te Rei e éu Raínha
Fasendo um belo casal.

Ai mas logo a çeguir
Porque és açim tam máu?
Stava-me éu cuaze ha vir,
Quande em çombra veio cair
A cova em sheiros de bacalhau...

Ai mas tu ésh mejmo Mestre
E ainda nam caía
a gota do olho triste
quande o verço de proa em riste
nam sperando por mais nada
Acerta em sheio na rabanada

E já neim queru portantes çaber
de mais çombras e volteios,
De verçejos e paleios
que tu fases, meu animal.
és do Nelo o dôsse pueta
e prá coiza ficar completa
Prá ti e todos, feliz Natal.

Natal, entendeim? Nam éi eça coiza trucadilha de Na tal... (Fó, Covas... que purcaria...)"


Ao OrCa ninguém cala (i nâu çerà agòrò Nelo):
"mas que mimos, que favores
belas artes que enovelo
fico pasmo c'os primores
dos versos do nosso Nelo

dá-lhe forte e com destreza
belo qual violoncelo
delira se a coisa entesa
por flauta faz-se mais belo

na hora de ser feliz
o bom do Nelo afinal
se na tal torce o nariz
dá-se todo pelo Natal

(cada um meu caro amigo
cheira o bacalhau que pode
mas não o cheires comigo
que não serei quem te acode)

Vá lá, as melhores festinhas vos desejo!"


E para ajudar à Consoada, até se vem aqui o PreDatado:

"Vós que Mestres da poesia sois
Fode-me as têmporas quão baixa estima
Tendes por vossa (diria rude) rima
Caralhando tudo o que escreveis, pois!

Ora en Natalícia quadra, ao contento
Que poderíeis dar ao dedo (e à língua)
Queiram as ninfas que não fiqueis à mingua
E outros, logo, vos roubem assento.

Para que desejar Festas Boas
Travestido verso ou mesmo nu
Bastaria sem tais taradas loas,

Fica aqui este reparo, sabido cru.
E agora orgia! Se para tal bastem as coroas
p'ró bacalhau, p'rás filhós e p'ró peru."


É claro que o Nelo não o deixa escapar. Afinal, ele só foge das covas:

"Ai melhér qués predatado
Tás tempão çem aqui te vir
Mas cômo teins tempo adiantado
Nunca eshtás fora de prazo
Chegas inda antes de sair

E veins intão náltura çerta
Pois o Orca, melhér dágua
Já me diçe - Ai que mágua! -
- "Nam quero do Nelo a oferta!" -

Mas - Ó çanta providénsia-
Saltou-me eshte Home do Tempo
Que antes de ter cumeçado
Està-çe a vir-çe Çua Eçelência
Neste pacote eim impaciênsia
Nu desejo de çer enrabado.

Que melhor puderia ter
Depois da tampa do Rei ORca
Uma prenda em Predatado
Çaíndo dõsse pela porta
Depoiz (ou ãtes) d´Nelo emrabado"


A Guida elogiou esta bela desgarrada de Orca e Nelo (com o Predatado como guèstar). A São Rosas disse que quase era Orchinelo e o OrCa fez a "defêza da ômra" (como diria o Nelo):

"não há Nelo para as covas
nem há-de o OrCa ir ao Nelo
nem polimento de escovas
nem porrada com chinelo

haja apenas na função
- diria um tal Jorge Costa -
de ter cada um à mão
aquilo de que mais gosta

mas confusões de Orchinelo
não trarão maior valia
Orca é Orca e Nelo é Nelo
e cocktail faz-me azia

agora de bardo o brado
grito eu bravo e com foguete
e sai abraço cerrado
ao Nelo e ao seu topete!"

06 fevereiro 2006

Chula fílmica

Quando terminamos e ele se deita de costas, a fumar um cigarro, sou capaz de ficar horas ali, de barriga para baixo, apoiada nos cotovelos, a brincar com os pelinhos grisalhos do seu peito, roçando os mamilos na sua barriga, a ouvir as histórias dos seus vinte anos. De como o «Último Tango em Paris» fez filas intermináveis às portas dos cinemas, com homens e mulheres de todas as idades, dias e dias a fio. De como corriam pelo país as campanhas de alfabetização, os grupos de teatro e de música e até amplas simultâneas de xadrez, acompanhadas de recolhas de fundos em autocolantes para isto tudo e até para a construção de creches e infantários. De como o tempo e o FMI impuseram o aperto do cinto, o cancelamento do 13º mês e a tristeza solitária passou a encher as sessões contínuas do Odéon e no dia de finados de 1975 foi encontrado Pasolini assassinado numa praia.

Numa traquinice, enfio-lhe rapidamente a minha língua no umbigo e abraço-lhe as ancas escondendo a cara no seu baixo ventre, para levantar a cara de repente e lhe sorrir. Não lhe ofereço chocolates belgas em forma de búzio mas com as mãos em concha vou-lhe teclando as bolsinhas esponjosas e polindo o monumento digno de Cutileiro como se fosse um gelado a derreter no pino do verão, no vão desejo que esses breves instantes iludam a faixa cinzenta de Bruxelas que sustenta verbalmente o crescente preço da gasolina e da electricidade com tudo o resto a seguir o mesmo caminho em bichinha de pirilau, tal qual a falta de aumento de salário que ele ali à minha frente aguenta desde há uns anos com a perspectiva de ter ainda a reforma adiada para uma idade cada vez mais tardia.

O Dom OrCa já há muito que não odia:
"traquinice no umbigo
uma língua que perturba
que me turva o olhar digo
percorrida curva a curva
comida a glande se expande
e grande se faz enorme
no corpo a corpo se entende
sorve a sede mata a fome
sacia o cio que o frio
dos dias não compadece
e faz desse frio um rio
de desejo que apetece"

O Charlie não pode ver oder sem querer oder também:
"O OrCa ode lindamente.
Ode de qualquer maneira
Ode de trás e de frente
É Odida, minha gente
Esta Orca Odideira

Duma letra faz cinquenta
duma frase, epopeia
Sem oder não se aguenta
esta Orca letropeia

Deus lhe dê vida eterna
E mão livre p'ra bater
com jeitinho nestas teclas
Onde gosta de oder... "

O Meteórico salta por detrás do arbusto para oder também o OrCa:
"Mas ó Charlie eu acrescento
que o OrCa é genial,
com as palavras é um portento
usando o corpo como material...

Mais houvesse quem assim odêsse
e mais tempo aqui eu passaria
e quem quer que aqui passasse
talvez também lhe odaria...

Ao grande OrCa longa vida
e que ôda sem parar
que ôda até ter ferida
e que ôda até sarar!"

Já sabemos que o Dom OrCa nunca se fica sem se vir:
"meus... estou aqui que já nem posso
de tanto agrado e requinte
de tanto encómio o vosso
que nem sei bem como o pinte

pintá-lo-ei de azul
de verde-mar
de amarelo
de chinelo ou de joelhos
e mesmo àquele que me disse
que só me dava conselhos
num abraço muito belo
eu fui-me a ele... e pintei-lhos!

àquele outro que do encómio
de perturbada audição
entendeu ouvir "encone-o"
que se sirva de feição
fará dele a refeição
coza-o antes
depois come-o"

26 setembro 2008

Em Alfarelos há comboios e… batatas!

Esta batata nasceu nos campos de Alfarelos (freguesia do concelho de Soure, distrito de Coimbra - Portugal) e dela se orgulha o seu produtor, Senhor Carlos Ribeiro dos Santos.

N.B.: Créditos devidos ao ex grandioso maestro da Orxestra Pitagórica.

_______________________________
Batata assim até merece uma ode do OrCa:
"batatas de Alfarelos
coisa rara e de destaque
nasce nos campos do Santos
coisa assim de dar um baque
mui rara mas sem cabelos

e não se venham com prantos
bela seria a descasca
de bela que estando à rasca
a usaria pelos cantos
pelos cantos e entrefolhos
que nunca eu vi os repolhos
mesmo enfeitados de grelos
terem tal ar de paus-santos

e de verdade se diga
vendo assim tal desplante
que esta batata amiga
não há cu que a aguente...

porra lá para Alfarelos
de agricultura aziaga
não se sentem na azinhaga
não vá batata comê-los
aconselho mais a ostra
a dar-se mais junto à costa
na praia de Carcavelos..."


Mas o Nelo não pode ver uma batata erecta que a quer logo guisar:
"Ai que cada vesh cu Orca
Aparesse neste broshe
Abri-çe para mim a porta
Ficu tença, toda eim póze

Ele ei melhér pueta
Todo çençibilidade
nam fica uma melhér quiéta
Despois do Orca ter bardado

Mazainda o milhor que teim
aprasseu eim surpreza
Melhéres! intam nam éi
Quele teim batata teza?

Ai que fiquei tam contente
A batata a olhar goshtoza
Fash muinto beim há jente
açim inteira! Çou tam gueloza!

Ofresso-me já pra tratar
Deça coiza que aí moshtras
É apenas descascar
e meter ao fundu das coshtas

Assadinha açim no forno
Durante o tal "çerto tempo"
Melhéres bashta estar morno
pra ficar no ponto," al dente"

E é pra trás e pra frente
pra dentro e para o fundo
melhér Orca tu nam çentes
ca batata é um mundo?

Vai perparando o vinho
cu teu Nelo já ai vai
Um açado de batatinha
É coiza que se faz num aí."


O Alfredo também gosta de batatada (de trazer, não de levar):
"Tou fodido com este Nelo
Já nem a batata escapa
Ou porque a quer al dente
Ou porque no forno a esfarrapa

O Orca é que sabe da poda
preferindo a gostosa ostra
A da linha está na moda
Mas ele chupa a que se mostra

Podem ficar c'a batata
mais as duas batatinhas
Eu vou com o Orca à cata
de umas ostras fresquinhas

Vá, Nelo, não te queixes
desta nossa decisão
Sei que tu gostas do peixe
Que te provoca tesão

E que o comes d'embarda
em qualquer situação
O peixe que gostas é sarda
Na falta, também vai cação

Por isso meu querido Nelo
Não me vou esquecer de ti
Vai ajeitando o panelo
Enquanto eu provo um pipi"


Mano69 - "Anda amor no ar?"


O OrCa até ode duas no mesmo dia:
"vir-me aqui é um desvelo
até m'esqueço da crise...

faz-me um favorzinho, ó Nelo
se tu vires o Bush em pêlo
unta a batata com banha
de porco p'ra que deslize
do Iraque até Belize
e apontando p'rà bilha
introdu-la bem com sanha
ali onde o Sol não brilha!"


A política do Nelo é a política do caralho:
"Ai Alfredu, e tu Orkita
Que beim que o cu duma melhér çe çente
Cuande le ensheim de puezia
Mejmo que isteija já fria
eça bela batata quente

Çó a parte do Buch tá mal
Nam goshto nada dele não
É mais Burro cu burro animale
Quaze neim çaber ler um jurnal
Maz quish o Irak e agora quer u Irão.

Nam le dava a batatinha
eça do Orca ei pra mim
Dava-le uma ojivinha
Deças cu Aiatola tinha
Pra shatear o Huçeín

Infiada no pacote
Seria um fartote
ver queim assendia o pavio"


Mano 69 - "Se é o Nelo, pés para que vos quero!"

Dina - "Uau! Que batatóide!... O sujeito que plantou aquilo inspirou-se certamente naquela série altamente 'pôrnô' «há cu na batata»?..."
Mano69 - "A artista principal da série «há cu na batata?!» em fato de trabalho:"

01 março 2020

O fundo Baú - 58

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»




24 de Junho de 2004, véspera do primeiro encontro do blog «a funda São», foi um dia cheio de...

Quadras de S. João e S. Rosas

A Gotinha queixou-se das sardinhas a um euro e mostrou mais uma vez o rabo. Como se o OrCa precisasse disso para oder:
Deste um euro p'rà sardinha
Dois te dava eu a gosto
Mesmo sem ter ventoinha
P'ra comer o peixe exposto...
A Gotinha ganhou coragem e quadrou:
Eu não aprecio sardinha
Tão cara está a tadinha
Mais vale ficar em casa
E comer uma pilinha!
Que mais era preciso para o OrCa re-oder?...
Se o sexo é o melhor da vida
E se o sabe A Funda São
Fundamo-nos de seguida
Co'alho porro na mão

Dá-lhe forte c'o martelo
Mergulha na confuSão
Mas ode... não sejas camelo
Na noite de S. João!

P'ra ver a malta, S. João
Meteu-se na grande alhada
De levar A FUNDA SÃO
Ao leitão da Mealhada.
A Espectacológica também saltou a fogueira:
O melhor sexo escrito
É aqui na Funda São
É nisto que eu acredito
O resto é mas é... leitão!
A Quenguita juntou-se à sardinhada (uma ninhada de sardos):
mnemónicas são as mamas
fazem o corpo crescer
"são grandes" exclamas
"são de um homem se benzer"

no meio das minhas mamas
a tua carne gosto de ter
gosto quando por mim chamas
gosto de contigo foder.
Eu também quero. Sai uma da S. Rosas:
Pediste-me um fado corrido
Porque o fado está na moda
Mas eu sou dura de ouvido
Não te dei fado. Dei-te uma foda...

A Gotinha mandou esta:
Vem-te lá com as chamuças
E chega p'ra lá o alho
Deita-te aqui ao meu lado
Que eu lambo-te o __________
(preencher com a hipótese que achar mais conveniente)
O OrCa observode:
A coisa aqui não é fácil
Olho e olho e nada vejo
Aquilo será retráctil
Ou é só um percevejo?

Ou então pior um pouco
Coitado, o homem cansou-se
E o Zezinho já louco
Foi à vidinha... Pirou-se!
O Victor Lazlo continua a mandar a métrica p'ró caralho:
Este homem pila não tem,
Ora então como é que ele se vem?
Quem o conhece é a Gotinha,
Será que ela gosta de homem sem pilinha?

A ler isto fiquei com ela dura,
E agora preciso de aviar,
Sei que queres foda pura,
Com a São vamos afundar.

Dá-lhe duas, dá-lhe três,
Dá-lhe as que aguentares,
Deve ser uma de cada vez
Digo isto só para te calares!
Espectacológica

Pois é, São, isto é só rir
Papo cheio que nem ovo
Ode tudo p'ra cá vir
Ganda poeta é o povo!
OrCa

Quem vem à funda São,
Aprende até a versejar,
Brincam com a tesão,
E as quadras tão a dar!
Espectacológica

Odi, odeste, odeu
São três formas de dizer
... E é que nem sou só eu
Desatou tudo a oder!
OrCa

A São é um Mundo
Cheio de imaginação.
Também hoje, S. João ,
Até no que escreve me dá tesão.
João Silva

Oder tal como eu, perdidamente
Como se vê aqui por esta FUNDA SÃO
Com uns por trás, outros por cima ou pela frente
Odemos todos em quadras de S. João...
OrCa

Não odemos todos não
Porque alguns não sabem oder
E se não aprendermos na Funda São
Também nunca o conseguiremos fazer
Isso Agora...

Com o alho porro tenho que oder
Não sei como, mas cá vai esta,
Para o Mergulhador satisfazer,
E assim continuamos a festa!
Espectacológica

com o alho porro nunca experimentei
e com martelos também não
aqui são os cavalos e os toiros
que nos fazem ter tesão.
Quenguita

Farta-se um homem de oder
Odendo como quem canta
Ainda havemos de ver
Quanta da oda é garganta...
OrCa

Eu vi o S.João
com uma granda bebedeira
Arrojei-me pelo chão
Rompi-me todo.
Dimitri Apalpamos

S. João casamenteiro
Tinhas muito que contar
Em muitos foste o primeiro
A doce noiva provar.
Viktor Lazlo

Eu ficava aqui a oder
Oder, oder sem parar
O problema é não poder,
Ficar aqui a gozar, a gozar...
Espectacológica

Ainda não sei oder
Porque sou pequenininha
Para não ficar só a ver
aqui fica uma odinha
Sónia

19 janeiro 2020

O fundo Baú - 52

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 13 de Junho de 2004, eu sentia muitas saudades do OrCa, que já não me odia há uns... 7 ou 8 dias. Tal como o Super-Homem, bastou gritar por socorro para ele me oder sem dó nem piedade!

O OrCa voltou! Estou perdoada!...

Há tanto tempo que tu, OrCa, não me odes...
Como tu, também fui votar.
Corrigi o link para o teu blog: estava http://sete.mares.blogspot.com/ quando o correcto é http://sete-mares.blogspot.com/.
Agora ode-me...
... ... ... ... ... ... ...
E o OrCa odeu-me:

Olá, pediste e aqui estou, ou melhor, já cá me vim
Cada um é o que é e eu sendo como sou não resisto ao teu pedido, cá apareço, por fim...
É que ando tão... danado entre chuto e pontapé, pau de bandeira encolhido ou hasteada bandeira
Em Taiwan confeccionada
Que me dano p’ra saber que raio estará a dar a este povo fintado que só descobre maneira
De saber que é português
Quando um Scolari enjoado lhe quer ensinar um fado acompanhado à chuteira

Ora, porra, meus senhores, acordem lá por momentos
Nós até nem somos novos, somamos mais de oitocentos
Atenção lá com os gregos e não me venham com dores
Tirem da cabeça os pregos
Lembrai-vos dos de quinhentos

Não senhor, estão com azia...
E em vez de comerem erva vão para o campo e é razia
Em vez da erva é só merda
Salamaleques de queques
E os gregos, sabidões na arte da sodomia
Deixam os pobres varões nas vascas da agonia...

E lá vem a mesma treta que para nós já é êxtase
É a vitória moral, o choradinho lamecha
Somos bons cum’ó caraças, que na honra ninguém mexa
Mas lá ganhar o joguito ... foi quase!...
Chora o povo baba e ranho num coração que se fecha...

E assim como é costume, não variando de tudo
Do campeonato veremos o resto por um canudo

Ao menos, votai, carais! Que o vosso votar tem graça
Com um voto de espantar essa corja da desgraça
Que nos lixa com um F e nos trama aonde passa!...

Mas nem isso... estão na praia ou, talvez, no Santo António
Se não foram p’ró demónio!...
Ah, que nos cornos nos caia o raio que nos partira
Ou que por fim nos levara para uma outra aventura...

OrCa
Ó OrCa, eu já estou nessa (outra aventura...)

19 junho 2006

A queda da camisinha - por OrCa

Não sei porquê, toda esta troca de húmidos galhardetes recordou-me uma história que ouvi em tempos e que, sendo mais plebeia, também tem a ver com o que se transporta durante o coito e usa com pouco cuidado:
certo dia um peralvilho
de fino trato e caralho
deixou cair a camisa
mesmo a meio do trabalho

aflito porque a dona
do cono era a priminha
tentou sacar-lhe da cona
a camisa com palhinha

mau soneto má emenda
na sorte que a cada calha
e a gruta que era funda
engoliu camisa e palha

nove meses a contento
passaram pela priminha
traz já camisa o rebento
e um chapéu de palhinha.

OrCa

Para que o OrCa prove do seu próprio remédio, a Espectacológica ode-o:
"assim que viram o chapéu
ficaram todos perplexos
levantaram as mãos ao céu
os milagres são complexos

o rebento abriu os olhinhos
tirou o chapéu e sorriu
também já tinha dentinhos
nunca tal coisa se viu

- queres ver que também fala?
diz o peralvilho à priminha
apanha já se não se cala
e conta a cena da palhinha

havias de ver a tua cara, pai
a espreitar para a gruta
a pele do caralho não sai
fui eu que ganhei a luta."

Mas o OrCa não é de se deixar levar atrás:
"fica o pai neste embaraço
com a mãe embaraçada
«- À próxima é com baraço
e assim já não me cai nada...

mas se der em ser astuto
o malvado do pimpolho
entro por trás vou-me ao puto
e até lhe cuspo num olho!»"

A Espectacológica ainda ode mais:
"ainda bem que a criança
é puto e veio de chapéu
podia nascer gaja de trança
e a camisinha era o véu

oxalá sejam todos felizes
com ou sem cuspidelas
e venham mais petizes
fruto de muitas encavadelas!"

E o Pedro Laranjeira ode ambos, à moda dos bissexuais:
"Preservatai-vos de abusos, espectacolorcas e tais,
anatomico-confusos com teorias a mais!

De vocês nem se imagina que já foram campeões
de travessia à vagina com partida nos colhões...

Vão agora defender o uso da camisinha?...
Vão mas é os dois oder, p'ra termos um novo orquinha!"

O Seven meteu-se no meio... tipo sandes:
"Pois! Não há 'em 'esista a tanta 'oda... (desculpa mas estou a comer uma sandes)"

Mas o OrCa não é para ser odido sem oder também:
"Odamo-nos, irmões, então, até às recomendaSões:

não fará orca quem ode
só de armar-se em proactivo
nem porca fará quem pode
se usar preservativo
nem à forca vai se fode
devagar retroactivo
mas marrará como bode
e será mais assertivo
se foder o quanto pode
para assim se sentir vivo!

Para o Seven: Up!...

vai com calma mastigando
nhec-nhec no teu naco
pois nhec-nhec trincando
estás nhec-nhec macaco
e por nhec-nhec dando
odinhas a dar ao leque
nhec-nhec vais ficando
odendo em nhec-nhec
e nhec-nhec destape
quem puder a tanta ode
pois se ele estiver Seven Up
mesmo de sandes se p(h)ode."

O Pedro Laranjeira ode ao ataque:
"sabes lá se o tal de seven anda mais up ou caído...
pode andar empanturrado ou ultrarecontrafodido...
mas não é da tua conta, com isso tu não tens nada...
nhec-nhec orcurioso, vá lá, não sejas vaidoso,
se calhar dava-te ponta seres sandido em limonada..."

A Espectacológica põe uma ode final:
"Dou por encerrada a sessão
Ou seja, o melhor é desistir
Já nem tenho comichão
E com tantos é melhor fugir..."

Eu vou comer uma sandes, pelo que declaro aqui encerrados os cortinados. Piço... digo, peço os vossos aplausos.

12 fevereiro 2005

Odes no brejo - Olho...

Pelo rabinho do olho
Olho e quase me descaio
Reparando no soslaio
Esse olhar teu que recolho
Penugento o teu desmaio
Colhes do chão o engodo
Inclinando o corpo todo
Sabendo que por ti caio

Dás-me o olhinho do rabo
Pelo rabinho do olho...

OrCa

O Anjo Élico anda sempre de olho e ode qualquer rabinho:

Olhindo
de lindo olho, que olho quando te vejo
beijo de olhar roubado
depositado no teu rabelhindo,
lindo rabo em que me fecho
enquanto beijo o teu olhar
dentro do olho
me deixo
ficar


O OrCa ode ao abrigo do direito de ripostar:

Um Orca de vibrador
Sob olhar onanistélico?...
Vade retro em tal remanso
Que o Orca
Até com dor
Prefere um sim-senhor
Ao natural e famélico...
Pois já nos vem do saber
Popular e aristotélico
Que no retro é um descanso!...


A Titas não nos ode mas dá-nos cu(ltura):
Jesus foi às meninas, incógnito.
Diz-lhe a puta:
- Não sei quem és, mas fodes como un Dio! (a anedota foi-me contada em italiano)
Assim é o OrCa. Não sei quem seja, mas ode como um Deus!
E, por falar em italiano, é engraçado o OrCa falar em sim-senhor. «Sì signore»(*) é como os habitantes de Bolonha chamam ao «pompino»(*)... o «blow job»(*) de que aqui se fala...
(*) a Titas quer dizer «broche» [nota da Editora]

14 janeiro 2005

Ousarias? - I

Foto: Ralph Man

Que farias se eu te amarrasse
E ficasses indefeso nas minhas mãos?
Deixar-me-ias atar-te
Vendar-te
Amordaçar-te?
Esperarias tranquilo
Os meus avanços
Os meus movimentos?
Esperarias ansioso
Ou confiante?
Entregavas-te nas minhas mãos?
Confiarias em mim indefeso?

O OrCa não pode ver um verso que lhe dá logo para oder:

Atar-me-ias com a seda das tuas pernas?
Vendar-me-ias com a máscara dos teus cabelos?
Amordaçar-me-ias com a humidade da tua boca?
Duvidarias por um momento da minha entrega
No momento sublime em que te possuísse?

Toda a gente imagina o que entregarias, OrCa...

A Encandescente não se fica:

Se no momento do abandono
A posse fosse entrega.
Se preso nas minhas pernas
Cego pelos meus cabelos
Amordaçado na minha boca
O teu corpo respondesse
E falasse para mim
Não duvidaria.
E dir-te-ia baixinho
Prende-me tu agora
Sê meu dono serei cativa
Sê meu mestre serei aprendiz.

Orca

O OrCa ode a segunda:

E na fusão dos dois corpos
Em doce enlace enleados
Serão meus os teus abraços
Meu será o teu desejo
Seremos um só no vórtice
Desse beijo que daremos
E ambos aprisionados
Seremos um só no orgasmo
De tão presos que estivemos.

À Encandescente, ao desafio...


Será que a Encandescente deixa o OrCa acabar de oder?...

E saídos da tempestade
Que foi a fusão dos sentidos
Acabamos enleados
Os corpos entrelaçados
Descansando do amor

Desafio aceite...

Algo me diz que o OrCa vai precisar de muitas calorias para repor os níveis mínimos...

29 janeiro 2008

Ainda a propósito de prostituição...

... mais um texto do OrCa, deixado nos comentários deste poste:
"Um mercenário que vende o seu corpo para a guerra, sem lhe interessar muito contra quem nem a favor de quê, não será uma grande puta? Um político que ganha eleições por promessas que nunca cumpre porque o «pragmatismo» não o deixa... o que é? Vá, digam todos: uma grande puta! Não é?...
Isto da prostituição tem muito que se lhe diga. No fundo (ou mesmo mais acima...) tudo se prende com a arte de vender o corpo a favor de qualquer coisa...
Colocar crianças de sete anos, altamente mascarradas, a saracotearem-se pateticamente em passarelles sob o olhar embevecido e bovino dos cretinóides dos pais, o que será? Putedo, pornografia abjecta e promoção de pedofilia de alto lá com ele!
Tal como aqueles figurantes, pagos para aparecerem como alunos de escola modelo...
No fundo, no fundo, no verdadeiro fundo, as putas parecem-me menos putas do que muito putedo que por aí campeia...
Há tantas multiplas abordagens sobre esta questão... Faz toda a diferença saber ao que vai quem vende, tal como porque lá vai quem compra.

quando uma puta se vende
interessa ter atenção
se se vende porque acende
o fugaz de uma paixão
ou porque apenas pretende
trazer para casa o pão

e quem a compra afinal
compra o quê e com que fim?
por ser só um animal
que chafurda porque sim
ou porque o bem dele é um mal
de flor sem ter jardim?

(mau, mau... anda a dar-me para os moralismos e isto não é nada bom sinal!... Se calhar é por causa das catorze prestações aos reformados... É bem verdade, nem tudo o que nos fode é erótico)"
OrCa

Como diz o povo, quem ode e não é odido está ao Nelo a fazer um pedido:
"O Orca éi um tratadu
Já todos çabemos isso
É çó pena o çafado
levar tempos desaparecido

Oh Orca este broshe
Onde fazes tanta auzênsia
Explandeçe com o toque
do pueta: Voça Eçelênsia

É o verço de rima perfeita
O çentido irudito
Todo o meu pacote çe ajeita
Ai Orca que fico aflito

Nam fujas mais pueta
nem te fassas isqueçido
Vem ao broshe, tá ca o Nelo
Um leitor teu derretido.

Çó te deicho mais um coizo
Para ficares a pençar
Este broshe é çó um poizo
A minha caza éi melhor lugar

Lá taremos à vontade
Çeim olhares, complicasões
Farás puema até metade,
E eu depois metade até aos culhões..."
Nelo

24 maio 2020

O fundo Baú - 70

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»







Em 19 de Julho de 2004, a Gotinha revelou o seu lado ciumento:




Pois... ok.... sim... então tá bem... prontos...

Ontem estive numa festa de aniversário. Quando fui apresentada a um fã do meu Blog fiquei toda orgulhosa. Alguém que estava no círculo de conversa também mostrou conhecer o Blog. Era uma Gotinha prestes a inchar de orgulho. Depois de alguns minutos teve a simpatia de me dizer:

- Sigo o BLOGotinha mas o que eu gosto mesmo mesmo é da Funda São. Vou lá para aí umas 10 vezes por dia.

Gotinha


Entretanto, o OrCa odeu em homenagem à Gotinha:

Vim-me aqui muito a correr
Cumprimentar a maltinha
E não querem vocês ver
Que ninguém liga à Gotinha?
Nem uma ode, um poema,
ninguém a chamar-lhe filha...
Está ela em tanta pena
Qu'inda nos fica co'a telha!
Vá, malta, mais atenção
Mais mimos, com mil diabos!
Se não lhe passam cartão
Ela não mostra mais rabos!...

Orca

PreDatado não se ficou atrás e chegou-se à frente:

Também te faço um versinho
Sem a inspiração do Orca,
Não escrevo coisa porca
Apenas te dou beijinho.
És água muito fresquinha
Digo eu sem te provar.
Não quero homem encornar,
Só dar um beijo à Gotinha.
E se achas que isso é pouco
Eu não faço mais avanço.
E não vale me chamares tanso
Prefiro que me chames louco.
Desse modo saio ileso
PreDatado é um santinho,
E quem lhe olhar o focinho
Não há quem o leve preso.

PreDatado

E o OrCa não se ficou só com um miminho à Gotinha e odeu o segundo:

Olá, tão linda donzela
Entre mil és a mais doce,
Ter-te por cá, que prazer!...
Mas que tolice é aquela
De não haver quem te ligue?
Ligo-te eu, não te amofines...
Garanto-to seres a melhor
A belos rabos trazer...
E p'rà verdade valer
E ninguém mandar recados
Há muito Jorge a dizer
"Quem me dera aquela base de dados!..."

Orca

08 junho 2006

árvore-fêmea


intimíssima
e de seiva tão fecunda
no desfrute a doce fruta
e o prazer
e de lábios tão carnudos
suculentos
indizíveis
nas palavras por dizer
dá-te assim
inteira
aberta
alegre e viva
na vertigem
e na voragem
de viver

foto e poema do OrCa


O OrCa estava mesmo a pedi-las... ao Nelo. Ode com ode se paga:

Nesta vida de sulidão
em que tudu mejmo me vai contra
Inté as arvéns teim mão
Nas covas scuras que glosa o Orca

Ele éi çó bishos rashado
Afundanço nu meiu das pernas
Queru um home um puto au lado
E paça as nôtes nus infernus

Bem quéu lhe fasso olhinhos
Bem que depois lhes pago bijekas
Vem um Orca de mansinho
Com dois versus fode-me as quecas

Iço açim é ma traissão
Fica uma bisha vensida
Deichem o Nelo detari a mão
A mão do Nelo çabe dar vida

Comesso logo com mil doçuras
Afagando o Zé Burgalho
Depois de estar a dita dura
Vai a boca ao caralhu

E melhéres, comu çei lamber
E chupar de alt a baicho
Nam há gaija nem melhér
Que raspi melhori du quéu raspu

Ele éi as doces bolinhas
ele é o dedo nu cu.
A lingua lá na cabessinha
Orca, ja marshavas tu.

Perque çe fases eças puemas
que me levom os rapazes
Tens de me acalmar as penas.
Com um broche, fazemus as pazes.

13 junho 2004

O OrCa voltou! Estou perdoada!...

Há tanto tempo que tu, OrCa, não me odes...
Como tu, também fui votar.
Corrigi o link para o teu blog: estava http://sete.mares.blogspot.com/ quando o correcto é http://sete-mares.blogspot.com/.
Agora ode-me...
... ... ... ... ... ... ...
E o OrCa odeu-me:
Olá, pediste e aqui estou, ou melhor, já cá me vim
Cada um é o que é e eu sendo como sou não resisto ao teu pedido, cá apareço, por fim...
É que ando tão... danado entre chuto e pontapé, pau de bandeira encolhido ou hasteada bandeira
Em Taiwan confeccionada
Que me dano p’ra saber que raio estará a dar a este povo fintado que só descobre maneira
De saber que é português
Quando um Scolari enjoado lhe quer ensinar um fado acompanhado à chuteira

Ora, porra, meus senhores, acordem lá por momentos
Nós até nem somos novos, somamos mais de oitocentos
Atenção lá com os gregos e não me venham com dores
Tirem da cabeça os pregos
Lembrai-vos dos de quinhentos

Não senhor, estão com azia...
E em vez de comerem erva vão para o campo e é razia
Em vez da erva é só merda
Salamaleques de queques
E os gregos, sabidões na arte da sodomia
Deixam os pobres varões nas vascas da agonia...

E lá vem a mesma treta que para nós já é êxtase
É a vitória moral, o choradinho lamecha
Somos bons cum’ó caraças, que na honra ninguém mexa
Mas lá ganhar o joguito ... foi quase!...
Chora o povo baba e ranho num coração que se fecha...

E assim como é costume, não variando de tudo
Do campeonato veremos o resto por um canudo

Ao menos, votai, carais! Que o vosso votar tem graça
Com um voto de espantar essa corja da desgraça
Que nos lixa com um F e nos trama aonde passa!...

Mas nem isso... estão na praia ou, talvez, no Santo António
Se não foram p’ró demónio!...
Ah, que nos cornos nos caia o raio que nos partira
Ou que por fim nos levara para uma outra aventura...

OrCa
Ó OrCa, eu já estou nessa (outra aventura...)

31 maio 2004

Dá-se o mote e o OrCa ode

Perguntei-lhe se o nome completo dele seria OrCaralho. De imediato esclareceu: «eu nunca ralho». Respondi-lhe como odia:
Se és só OrCa sem mais nada
Cumpro à risca e não falho
Mas não tenho voz de fada
Pois de facto eu, Orca, ralho.


Pois o OrCa pediu lá à Florbela autorização e saiu-lhe este espancamento:

Tu queres ralhar, ralhar perdidamente!
Ralhar e que ralhar, como convém...
Mais este e aquele, o outro, e tudo à frente
Ralhar! Até não haver para marrar ninguém!

Perdoar? Esquecer? 'Tás é demente!...
Atracar ou dar de frosques? É mal? É bem?
Quem disser que se pode aturar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há pouca coisa boa nesta vida
É preciso pois levá-la bem vivida
Pois em nós tudo é bom de aproveitar!

E se um dia acordarmos sem mais nada,
Se tivermos dado à noite uma bem dada,
Essa é nossa! Já ninguém a vai roubar!...

OrCa

30 janeiro 2009

Plagiando o Expresso ou as palavras que tive vontade de escrever mas não consegui!

Sobre Ronaldo, o Cristiano, e a febre mediática em redor do Prémio, escreveu João Pereira Coutinho: "...Mas o pior veio a seguir: páginas e debates com declarações embaraçosamente homoeróticas. São as pernas de Cristiano Ronaldo. O tronco. A elegância. Não sei se alguém falou nos mamilos mas é possível. Verdade que o futebol sempre serviu para isso: para que os homens pudessem expressar as suas pulsões homossexuais sem sentimentos de culpa. Só assim é possível explicar a paixão masculina por rapazes de calções curtos, a correrem pelo campo e, em caso de golo, a abraçarem-se e a acariciarem-se com os seus corpos suados. Com Ronaldo, Portugal voltou a relembrar a natureza gay do futebol..."
__________________________
O Nelo esclarece, já que é a sua espiçalidade:
"Nam çei perquei tanta coiza há volta de ashareim bishiçe iço das pernas do Cristianu Reinaldo.
Per izemples, éu, Gonçalo Manuel da Silva, nam asho nada ispecial as pernas do Cristianu Reinaldo, e çou uma melhér bisha cum muitos quilómatrus de broshes e inrabadelas..
Asho o Reinaldu uma melhér jóvel e açim, sheiu de dinhêro e brincus nas urelhas e Çê Erre Çetes na caza e nus carrus, e dipois?
Dá uns pantapeis numas bolas...???
Poizeu nam tratu as bolas aus pantapeis... Çó com muinto carinhu e delicadesa... Beim cu pudia mudar o meu nomi pra CristiaNelo..."


E o OrCa há que tempos que não odia...

"de Ronaldo as gâmbias musculinas
rebrilhantes pelo drible que palpita
e no povo vibram tanto as meninas
como os gajos num desvairo em alta grita

o pernaço - o torso em chama - o antebraço
o bícepe e - quem sabe? - aquele rastilho
que ao corpo dá um lance de mormaço
que não fora ele gajo lhe faria um filho

fu-tebol - fé de pé - ou fá bemol
traz a quantos por ele vibram o sinete
de fazerem de um atleta esse rissol
mordiscado em entremeio de croquete

e perdendo a tramontana pela bola
o machão nem apura que faz lei
outra inversa àquela contra a sua escola
de curtir moca de gajo como um gay..."


O Manuel Falcão (Rei das Bouças), Presidente da Junta de Freguesia da Santa Inácia do Vale da Penha Maior de Cima faz uma declaração à freguesia:

"Pois meu Orca que és poeta
comó caralho que te refoda
Deixa ser este Rei das Bouças
agora o home a dar-te a Oda
Se estás farto dessa terra,
que mais tem som de histeria
Deixai-me essa estrabaria
e vinde vós num só esgalho
Ao sítio este, de carne e broa,
E verdasco, e alegria.
Tenho espaço com fartura
no barraco; lareira boa
um sofá, onde malho inteiro
O pito farfalho que a tusa fura
Ai Orca, a pasmaceira
que da cidade dizem certeira
Vai-se logo que visitam,
o Falcão à vez primeira.
Fiquem-se pois que eu não me ralo
Durmo com a lua, acordo com o galo
Ainda o Sol no céu não brilha
Já a broa se enche num estalo
De verdasco e alegria
E tenho boa companhia
dos bacanos e o caralho
e quando quero pito farfalho
(A toda a hora me dá na moina)
Saio do barraco até ao pinhal
Assobio de sinal, à filha do Toino
Mas há ainda mulheral
A fazer da perna ofício
Não vens por isso em sacrifício
Quando chegares à Freguesia
Terás broa, enchido e pito,
E verdasco e alegria.

Vem daí, Orcaralho, foda-se que deves ser um bacano do caralho. :)"


E o OrCa ode o Falcão... mesmo preferindo outro género, com outra terminação:

"sim - ao afundar-me nas berças
sim - ao sentir o frio orvalho
sim - ao ter as moçoilas quais corças
sim - ao verdasco de agasalho
sim senhor caro Falcão
presidente da Inácia
e quem não for à sessão
deite-lhe a mão e arregace-a
pelo campo cogumelos
e grelos doces dourados
deitar-se a gente aos marmelos
e cuidar-se dos silvados
que bela a vida no campo
de gostos fortes - da broa
valha a mim fechar o tampo
da sanita de Lisboa...
Falcão ave de rapina
que voas em tal lampejo
pela minha triste sina
nem sabes quanto te invejo
Falcão amigo o convite
deixou-me aqui numa fona
ainda que algo hesite
melhor seria Falcona...
enfim és hospitaleiro
e por tanto fico grato
só toca bem o pandeiro
quem o guarda a bom recato
Rei das Bouças tu serás
nessas matas maravilha
decerto me apresentarás
desse tal Toino a filha
ah e que tenhas por certo
não fazer eu sacrifício
largo mão deste deserto
vou-me aí ao solstício
que há-de haver um enchido
ao verdasco a acompanhar
que fodido e refodido
ando eu cá farto de andar..."


São Rosas: "Quando iremos então a esse verdasco?"

OrCa:
"Olha a São também quer ir
o deboche garantindo
se a gaja desata a abrir
faz-se ali festaço lindo..."

30 dezembro 2007

com votos de um 2008 que nos encha as medidas até aos bordos...

... cá vos deixo as despedidas de 2007, aproveitando uma deixa que me deixaram nuns comentários lá mais para baixo e em jeito de preito de homenagem a essa grande São que nos tem proporcionado, a todos, momentos altos de rara felicidade e salutar brejeirice.

Senhores! Senhoras! Mas que fazeis?
Pois vasculhais sem pudor os textos meus?
Porventura e aventura cuidareis
ter eu artes de cantar da terra aos céus
com o Olimpo em orgias à mistura?

Pois nem tanto, que por cá a criatura
vai fazendo o que pode e tão somente
o que o tempo 'inda lhe deixa em vacatura
a soltar alguma graça à boa gente
sem jamais conspurcar os cortinados

mas me curvo - inda que com mil cuidados -
ao sentir-me tão erecto em vossas mentes
tão dentro de vós deliciados
o que faz crescer em mim sonhos dementes

mas se mais não posso dar que meus versículos
vasculhai, pois, sem pudor os meus textículos...

(que a Sãozinha distribui com gentil graça
mas pagando, que não se almoça de graça!...)

OrCa
________________________
São Rosas: "OrCa, já pensaste pôr os teus textículos no seguro? "

Nelo:
"Melhér Orca...
bardas beim e eim estilo intêiro
De palavra em sheio no curasão.
Nam deishas nada pelo meio
Neim coiza piquena çair-te da mão.
Mas nota beim o que dis a Ção.
Ela é melhér e sabedoira
E çe dis que nam podes perder
o tino aos coizos pinduricalhos:
As duas bolas: eçe tesoiro,
ela teim deçerto rasão!
Ai melhér que çofredouro
nam teres onde as guardar.
Mas eis que teins aqui a mão do Nelo
Que intendeim diço cumo ningueim
Deicha cá os trés venteins
Éças bolinhas queu trabalho,
E inquanto fases ôutros verçículos
e puemas lindus caqui pôeis
Tratu éu de le-los pois
e tratar beim deçes textículos.

Nelo, melhér Bisha..."

OrCa:
"Agnus Dei em ara de sacrifício
que já dei e sei lá se mais darei
não é pois coisa assim de orifíco
nem de ser servido à mesa do rei
ao saber textura do lanífício
percebi aquilo de que não sei
lema atrás que o Nelo ab initio
apregoa em alta grita: «- ânus dei!»

honra seja a quem nada nos esconde
vénia até se a prudência nos permite
de um Nelo a perguntar «- Onde? Onde?»
mal alguém as fudengas partes cite..."

Diácona:
"Pois sou então de novo chamada
Nesta luta que aqui travo
Por um que se perde em trovas parvas
e outro que de Sodoma fez o Estado

Ambos são p´ra Deus a perda
duas almas pasto do Demo
Desse inferno, a lenha eterna
Qu´eu ao lado do Senhor não temo

Vinde a mim que sei da luz
Que o Senhor me fez na alma
a mim o Sexo não seduz

Ao meu lado sereis santos
Tereis a paz de Deus e a calma
Graças ao menino Jesus

Diácona, mulher Santa e Virgem , graças a Deus..."

Falcão:
"Pois vejo-me então em obrigação
Ao ler as Diáconas atoardas
De entrar assim de rompão
sem sequer pedir entrada

Oh senhora, cum caralhos
Pra que quer você o pito?
Não me responda em frase estafada
que é pró mijo em estado aflito

Essa parte pintelhuda
que Vosselência entre pernas tem
É de onde saiu tudo
Deus, os Santos e até você

Porque se há Paraíso
onde a Glória é eterna
Meta isto no seu juizo
fica mesmo entre as pernas

Por isso eu Rei que sou das Bouças
Falcão! Foda-se, homem e macho
Deixe-se de merdas e tretas ocas
Foda o pito, se quiser eu o despacho

Falcão, Rei das Bouças e amante de pitos farfalhudos cumo um homem do Norte gosta, cum milhão e meio de caralhos!"